TRANSLENDÁRIO 2012 - FEVEREIRO

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TRANSLENDÁRIO 2012

20:06 / comentários (11)



Dia 21 de Janeiro, às 23h, estaremos lançando TRANSLENDÁRIO 2012 dentro da apresnetação dos espetáculo Engenharia Erótica e Cabaré da Dama no Theatro José de Alencar.

Ingressos $10 meia e $ 20 Inteira
cada Transledário $20

atenção: a partir desta quinta, dia 19/01, inicia promoção no facebook Silvero Pereira

West Side Rendezvous by Jamie Clifton

06:30 / comentários (0)



Ser pobre e gay na Nova York do começo dos anos 90 não era só aquela transa drag do Paris Is Burning, a cena fabulosa tinha também um lado obscuro, com muitos travestis e transexuais se prostituindo na região do Meatpacking District. O fotógrafo nova-iorquino nascido no Japão Katsu Naito começou a fotografar os travestis naquela época e no começo deste ano finalmente lançou o livro West Side Rendezvous com as fotos.

VICE: A maioria dessas fotos tem mais de 20 anos, por que você decidiu publicá-las agora? Katsu Naito: Bom, 15 anos atrás imagens como essas não seriam facilmente aceitas, sabe? Mas, 20 anos depois, os profissionais do sexo avançaram muito e não há mais tanto estigma associado a esse tipo de coisa.

Legal. Como você se sente olhando para essas fotos depois de tanto tempo?
São tantas emoções, todo tipo de sentimento que você possa imaginar. Algumas das fotos são muito sensuais, outras são mais perversas e obviamente em muitas delas dá pra sentir a solidão e a tristeza do modelo.
Muitas das fotos foram feitas no auge da drag ball mania, essa obsessão com a moda estava presente no visual desses caras que trabalhavam nas ruas? Sim, com certeza. Várias fotos foram tiradas enquanto eles estavam trabalhando e obviamente a ideia que eles queriam passar com suas roupas era a primeira impressão que os clientes teriam deles, então definitivamente eles usavam roupas que diziam alguma coisa sobre eles mesmos.
O mesmo senso de competição em relação às roupas existia enquanto eles estavam trabalhando? Mais ou menos, sim. Cada um tinha um jeito de se apresentar, e eles tinham muito orgulho disso porque era a maneira como eles se mostravam, a maneira como eles queriam ser vistos enquanto trabalhavam nas ruas. De novo, a primeira impressão era a chave para o sucesso, então eles faziam de tudo para se promover e muito disso era feito através das roupas, porque é o que você vê primeiro.
Então que tipo de coisa eles usavam? Variava, sabe? Muitos usavam roupas chamativas — meias, cintas-liga, coisas assim — e, claro, não dá pra errar usando um bom salto alto, mas alguns simplesmente usavam coisas óbvias como calça jeans e jaqueta de couro. Você tem que lembrar que fazia muito frio a maior parte do tempo, então mesmo que quisessem se vestir para chamar atenção, eles também precisavam se aquecer. Isso foi bem no meio da crise da AIDS, mas eles continuaram trabalhando nas ruas e continuavam orgulhosos de si mesmos, o que eu acho fascinante.

Quem eram os ícones de estilo pra eles?
Bom, eu lembro que vários deles disseram que gostariam de ser modelos e ouvi o nome da Linda Evangelista muitas vezes. Mas ela era uma supermodelo que não saía da cama por menos de 10 mil dólares, então é claro que as roupas e marcas que ela usava não eram acessíveis para as pessoas que eu estava fotografando, mas esse cenário das supermodelos do começo dos anos 90 era definitivamente uma grande influência.
Falando em marcas, havia alguma que fosse, sei lá, o Santo Graal das prostitutas travestis? Com certeza devia ter algo assim, mas nenhuma das prostitutas vivia um estilo de vida luxuoso. Mesmo que houvesse uma marca que elas amassem, isso estaria totalmente fora de questão.
É verdade. As prostitutas transgênero tinham que se vestir de maneira mais provocante que as prostitutas nascidas mulheres? O visual básico girava em torno de se expor mesmo, claro. O negócio é que eles não estavam apenas se prostituindo, mas saindo com o mesmo grupo de pessoas da área e todos eles adoravam tirar a roupa e se exibir de todas as maneiras possíveis.


Alguns deles eram mais loucos que os outros?
Sim, alguns eram muito loucos. Um deles curtia mostrar o pau, então ele sempre esticava pra fora da minissaia colada e começava a brincar com ele. Outro sempre parecia que tinha acabado de sair de um clube de sadomasoquismo, todo vestido de couro e látex,  com correntes e tudo mais, sabe? Alguns eram sóbrios, mas a maioria usava drogas sempre, então prevavelmente há níveis de loucura que eu bloqueei.

Fonte: http://www.vice.com/pt_br/read/westside-rendezvous

Drags gravam programa especial de carnaval da Xuxa.

13:51 / comentários (1)

Drags famosas viram paquitas no programa que a Xuxa apresentará durante o carnaval

Cinco das mais famosas drags do Brasil realizaram um sonho: gravaram programa especial da Xuxa que será exibido dia 18 de fevereiro, sábado de carnaval.

As belas Alexia Twister, Stripperella Über, Talessa Top, Raphaella Faria e Mariana Mollina, todas do elenco do clube Blue Space, viveram um dia de paquita. A gravação do programa aconteceu na quinta-feira, 29 de dezembro. A produção do programa procurou o dono da Blue, José Victor, para que ele enviasse fotos e vídeos de suas drags. O programa então escolheu cinco delas, com a missão de que fizessem covers de Rihanna, Lady Gaga e Britney Spears. Mas os planos mudaram dias antes da gravação e a direção do TV Xuxa resolveu criar um número único para as cinco drags, para abrir o programa. O quinteto de transformistas abre o programa com uma coreografia de “Born This Way” da cantora Lady Gaga, criada por Fly. Só depois do show das meninas é que Xuxa entra, vestindo peruca ruiva. E as drags ganharam destaque e acabaram gravando o programa todo, animando a plateia durante as outras apresentações musicais. Um legítimo dia de Paquita.
Talessa, Alexia, Striperella, Molina e Raphaella: top drags viraram paquitas da Xuxa


fonte: MixBrasil

Rogéria faz uma homenagem à Gisele Almodóvar no 5º For Rainbow

07:22 / comentários (0)

Durante o 5º For Rainbow Gisele Almodóvar esteve como cerimonialista do evento ao lado de Natasha Faria.


No último dia de evento a homenageada da noite, a grande artista  e Divina Diva Rogéria (A transformista de maior tempo na mídia) prestou uma linda homanagem à Gisele, como se pode conferir no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=xRKAOyNF3zk

Caso de mudança de sexo no esporte gera polêmica nos Estados Unidos

06:51 / comentários (0)

Renomado atleta de fisiculturismo americano se torna mulher e realiza sonho de voltar a competir pela primeira vez após todo o procedimento

Por GLOBOESPORTE.COM

San Diego, EUA. A fisiculturista Chris Tina Bruce antes e depois da mudança de sexo (Foto: Reprodução)

Um caso bem particular no mundo do esporte tem causado muita polêmica nos Estados Unidos. No último fim de semana, foi realizado em San Diego, na Califórnia, um tradicional campeonato de fisiculturismo, o "Border States Classic Bodybuilding". Uma atleta americana roubou as atenções no evento, mas não por causa dos músculos definidos ou pela bela postura em sua apresentação. O inusitado ficou por conta da história de Chris Tina Bruce, que enfrentou o preconceito e competiu pela primeira vez após ter mudado de sexo.


Há três anos, Chris Tina Bruce era somente Bruce, um atleta renomado do fisiculturismo, com mais de 20 anos de carreira. Levava uma vida normal, era casado e tinha dois filhos. De uma hora para outra, já com 43 anos, decidiu realizar o desejo antigo de se tornar mulher. Mas o processo ocorreu aos poucos, sem que ninguém de sua família percebesse.

Em 2008, deu início a uma terapia hormonal. Um ano depois, colocou implantes de silicone nos seios, foi submetido a uma cirurgia facial e se divorciou para finalmente assumir que era uma transexual. Com 20kg a menos e de cabelos longos e loiros, Chris ainda sentia um vazio e decidiu que era hora de voltar ao esporte. E o resultado, logo na reestreia, foi um vice-campeonato, do qual ela se diz orgulhosa:

- Tratei de ficar longe das coisas que eu fiz como homem. Decidi que tinha de ser eu - decretou - Cheguei em segundo e entendo por que não me escolheram. Mas fui tratada com respeito, inclusive pelos outros competidores, que pediram para tirar foto comigo. Fui esperando o pior, mas não houve vaias ou constrangimento. Só de saber que pude competir já me sinto uma vitoriosa - afirmou Chris ao portal de notícias americano The Huffington Post.


http://globoesporte.globo.com/outros-esportes/noticia/2011/11/caso-de-mudanca-de-sexo-no-esporte-gera-polemica-nos-estados-unidos.html

 

Arte para virar o mundo ao avesso

04:54 / comentários (1)

 por Danilo Castro (http://odanilocastro.blogspot.com/)






Danilo Castro em cena do curta Se essa rua fosse minha...

Um ator que não vive a vida, não ganha subsídios para reproduzi-la cenicamente. Um ator que não se desamarra dos seus estigmas, oferece-se limitado à arte. E, definitivamente, a impossibilidade de transgressão tem caminho contrário ao da criação. Como ser artista sem se doar por completo? Como fazer arte sem pensar na sua função transformadora? Com o decorrer dos meus trabalhos com o teatro, venho percebendo quão importante é pensarmos na arte para além do entretenimento, pensarmos nela como ferramenta de combate por um mundo mais justo. E não é necessário um discurso panfletário para isso. Basta que sejamos cidadãos, críticos, com pensamentos coerentes, com respeito às diferenças.

Esse caráter social naturalmente veio se revelando em Revoar, espetáculo em que enfrentávamos a violência sexual contra crianças e adolescentes, em Uma rapadura, 3 atores & uma História, onde fazemos uma campanha de incentivo à leitura, em O Pagador de Promessas, onde o sincretismo religioso e a crítica à imprensa sensacionalista foram temas evidenciados no texto do Dias Gomes, dentre outros trabalhos que me dão orgulho como artista.

Os grupos Coletivo Cambada e 3x4 de Teatro trabalharam conjuntamente produzindo curtas-metragens para o 5º For Rainbow - Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual, que tem realização do Centro Popular de Cultura e Ecocidadania (Cenapop) com apoio do Governo do Estado do Ceará, da Prefeitura Municipal de Fortaleza através da Secretaria de Cultura de Fortaleza, Banco do Nordeste do Brasil, Casa Amarela Eusélio Oliveira e Universidade Federal do Ceará (UFC).

Assim nasceu o “Se essa rua fosse minha...”, um curta que fala de sonhos, que mostra os desejos de travestis que só tiveram a rua como oportunidade de sustento. Sonhos calados por uma sociedade que as oprimiu em todas as fases de suas vidas. Como exigir que elas saiam das ruas, se ninguém dá emprego a uma travesti? Como exigir que elas estudem se, na prática, elas não são aceitas em escolas? Até mesmo em ambientes acadêmicos, onde há um falso cosmopolitismo, elas são alvo de discriminação, como me disse Luma Andrade, primeira travesti com doutorado do Brasil, quando tive oportunidade de entrevistá-la no início do ano. Como querer que sejam delicadas e sociáveis, se a igreja e a comunidade as excluem ou taxam-nas de anormais? Se elas são violentadas verbalmente, agredidas fisicamente e muitas vezes só têm a noite como morada? Nada mais natural do que ter a agressividade como instinto de defesa. É uma relação de causa e consequência, não de vilão e vilania.

O dever de visibilizar os LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) não pode ser visto como um incentivo à perversão ou ao “homossexualismo”*, absolutamente. A orientação sexual e a identidade de gênero independem de raça, religião ou classe social. Temos que pregar o respeito e o convívio com as diferenças, por isso a importância de visibilizar os oprimidos. Viver por uma noite a Virgínia Lispector (nome da personagem) era algo inimaginável pra mim até que me surgisse a oportunidade. O mais fácil era dizer não. Não por preconceito, mas por não me achar suficientemente capaz de carregar a alma densa de uma travesti em tão pouco tempo. E não é fácil. Sair na rua carregando no corpo o signo da diferença me tornou um bicho para apreciação, motivo de chacota ou apetrecho sexual. Imagine quantas mil coisas diferentes passaram na minha cabeça. Sentir-me travesti foi um baque, eu achava que sabia de todo o preconceito que elas vivem, mas depois de me passar por uma, entendi pelo menos um pouco que é bem mais complexo tudo isso. A prostituição acaba sendo vista quase como uma fase obrigatória na vida de uma travesti. Mas sabe o que elas mais querem? Casar com um homem bom, ter filhos, estudar, ter uma profissão digna. Coisas que a maioria das mulheres desejam. Mas esses sonhos simples são praticamente impossíveis quando se tem uma identidade de gênero diferente do sexo biológico, quando se tem um comportamento diferente daquilo que é imposto como padrão.

Mas com tantos bons atores para fazer esse papel, por que eu? Bem, a concepção proposta é de uma travesti que “canta” em Libras (Língua Brasileira de Sinais), então logo lembraram de mim devido a minha fluência no idioma. Tomei isso como uma missão, era impossível negar. Viver esse trabalho me transformou. Agora desejo que a exibição desse curta seja capaz, pelo menos um pouco, de transformar o público também. Quando resolvi ser artista, nunca imaginei que isso poderia ser uma ferramenta valiosíssima para virar o mundo ao avesso, atordoar nossas próprias convenções, hoje não consigo não pensar nisso.

Exibição: 29 de outubro, 18h, na Casa Amarela – Av. da Universidade, 2591, Benfica. - Entrada Franca.


Direção de Andrei Bessa
Danilo Castro como Virgínia Lispector
Assistência de Direção de Silvero Pereira
Argumento de Gyl Giffony e Andrei Bessa
Operação de Câmera por Luciana Gomes
Maquiagem e caracterização por Bernardo Vitor
Supervisão de Valdo Siqueira e Luciana Gomes




*o termo "homossexualismo" foi abolido e deve ser substituído por "homossexualidade", já que o sufixo "ismo" também é utilizado para designar patologias.